Estamos tão imbuídos em nosso trabalho que na maior parte do tempo nem nos preocupamos em pensar e repensar o nosso ramo de atuação.
Para muitas pessoas, digo até educadores, a palavra educação refere-se ao trabalho desenvolvido em unidades educacionais, "ditas escolas". De forma organizada, em ambientes herméticos. Utilizando uma dinâmica simples, como quadro negro, livro didático, caderno, lápis, borracha,...
"O edifício escolar torna-se portador de uma identificação arquitetônica que o diferencia dos demais edifícios ao mesmo tempo em que o identifica como um espaço próprio - lugar específico para as atividades de ensino e do trabalho docente" (Souza, 1998, p.123).
A educação sobreviveu e vem sobrevivendo a crises, já na Idade Média, dominada pela igreja. Informação restrita a poucos representava dominação e poder. Transcendendo a era capitalista, educação voltada para o trabalho, este fragmentado e simplificado. Neste período a educação deixa de ser um meio de ascensão intelectual, para ascensão social. Não podemos deixar de ressaltar a era tradicional, onde a escola reproduz modelos, não estimula o aluno e define o professor como o centro das atividades.
Será que educação se restringe apenas a isso? E os professores e educadores, possuem essa compreensão simplista de seu universo de atuação? Ou pensam a educação de forma complexa, provocante e transformadora.
Educação deve representar progresso, melhor qualidade de vida, enriquecimento da nação, a ausência desta ou desqualificação leva ao pior dos mundos com miséria, preconceitos, corrupção,... A sociedade só será mais justa, digna e fraterna, se todos nós, digo todos. Não vamos passar a responsabilidade aos políticos e governantes, vamos fazer nossa parte, tornar a educação um real e verdadeiro instrumento de emancipação individual, onde todos aprendam a ler o mundo e participar de forma ativa, sem preconceito e acima de tudo com dignidade.