sexta-feira, 24 de outubro de 2008

SINTESE - Traçando paralelos entre a experiência escolar e aquela que o autor discute

A leitura destes capítulos e o texto de Álamo Pimentel, nos remetem a um pensar diferente, olhar a escola com outros olhos. Um olhar talvez de insatisfação, pelo descaso dos governantes, pela falta de ética e profissionalismo dos sujeitos responsáveis e envolvidos com a Educação. Mas também um olhar de satisfação, pois é na escola, dentro da sala de aula, em uma pesquisa na biblioteca, no laboratório e até no refeitório que se da a construção e socialização do conhecimento. Conhecimento este necessário para a vida de cada sujeito que vive em sociedade. " Ainda que a escola seja por excelência uma via de acesso ao saber científico, ela é, também, um espaço de convivência"(p.151).
Em sua gestão, a escola é composta de multidão de pessoas, todas diferentes, em seus valores, crenças, desejos, culturas, pensamentos, etc... Quando todas estas diferenças forem respeitadas, não só contribuirá para um melhor desempenho no processo Ensino-Aprendizagem, como para o convívio em sociedade.
Para um bom funcionamento da escola e um bom desempenho de suas funções, precisamos organizá-la em uma gestão democrática, onde todos os sujeitos envolvidos, pais, comunidade, conselhos, APPs, professores, alunos, direção, equipe pedagógica, merendeiras, vigias, possam participar das decisões da escola ( eleições, PPP, regulamentos,...). E principalmente, que estes, desempenhem suas funções com ética e profissionalismo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Resenha – Pedagogia da Autonomia – Renata Tramontin Tonetto.

Paulo Freire neste livro nos diz que formar o educando é muito mais que treinar o educando é muito mais que treinar por meio de técnicas, mas que ele tenha condições de criar sua própria construção do saber, e que a tarefa do educador é a de ensinar e não somente a de transferir o conhecimento. Pois não há docência sem discência, quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Ensinar é aceitar o novo, o educador deve ser democrático, negando qualquer prática preconceituosa que ofenda a dignidade do ser humano.
Ensinar exige bom senso, deve-se respeitar a autonomia de todos os sujeitos. Deve estar em todo o trabalho de cada educador. O educador deve ter segurança, competência profissional e comprometimento, pois somente assim terá sua autoridade de professor respeitada.
O autor também fala das necessidades dos educadores, das condições para o exercício da docência. A educação deve implicar no estimulo á curiosidade tanto de educandos quanto a educadores, procurando assim a razão de ser de cada um.
A educação é uma forma de intervenção no mundo, esse entendimento deve estar presente na prática-educativa de maneira crítica. Deve ser uma prática imobilizadora e ocultadora de verdades.
Aprender é construir e reconstruir, ver o que ocorre hoje para poder mudar amanhã. Somos formadores da história, sujeitos participantes, não objetos dela.
Freire nos diz como seria o ideal de uma sala de aula, a postura de educandos e educadores, as mínimas condições para um bom desenvolvimento da prática docente e claro para uma boa aprendizagem. Quer mostrar que ensinar realmente vale à pena. Mas a realidade mostra-se diferente, muitos aspectos do autor, se contradiz com a realidade.
Ensinar exige alegria e esperança, e assim continuamos na contribuição de uma sociedade democrática para todos.

Pedagogia da Autonomia - Adriana Zanatta Dos S. Piva

Paulo Freire nos mostra nesta obra razões para analisar a prática pedagógica do professor e nos fornece saberes necessários a prática educativa de professores formados ou em formação. Saberes estes que definem o real papel do professor: "Criar possibilidades para a produção ou construção do conhecimento"(p.25).

O educador deve desenvolver em si o rigor metódico, e orientar seus educandos a seguirem também essa linha metodológica. De criatividade, inquietação, rigor, curiosidade, humildade, investigação e persistência. Dessa forma educadores e educandos vão se transformando em reais sujeitos de construção e reconstrução do saber.

"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino"(p.32). A pesquisa se faz necessária, é por meio dela que se cria o estímulo é o respeito á capacidade criadora do educando.

O educador não tem somente o dever de respeitar, deve aproveitar as experências e saberes dos educandos e associar ao conteúdo dado, discutindo com eles a realidade concreta. O respeito é fundamental na prática educativa, um simples gesto do professor representa muito na vida do aluno. Pois, tudo o que fazem deixam de algum modo marcas em seus educandos. A alegria e a esperança jamais devem deixar de existir na relação educador x educando.

O professor que desrespeita a curiosidade do educando, sua linguagem, ironiza o aluno, minimizando-o em prol da ordem em sala de aula, transgride os princípios fundamentais éticos, rompendo com a decência. O educador deve revelar segurança, autoridade e firmeza diante de seus educandos, demonstrando assim sua competência.
Com esta obra Paulo Freire quer orientar e incentivar os educadores a refletirem sobre seus afazeres pedagógicos, modificando o que acharem necessário, além da busca constante a cada dia pelo melhor. Pois, ensinar exige a tomada consciente de decisões.

sábado, 4 de outubro de 2008

Trabalho de Campo - Estudo de Caso

A função social da escola pública analisada, está em socializar e construir o conhecimento, buscando instrumentalizar o educando para o exercício da cidadania, respeitando sua diversidade local, étnica, social e cultural.
O Orientador Educacional tem a função de estar numa leitura crítica permanente do desenvolvimento do aluno e sua interação com a força de transformação social, buscando compreender o meio em que a escola está inserida, seus anseios, suas contradições, seus desafios e também seus limites.
No seu trabalho preciso estar articulando o processo de construção e reconstrução do currículo, orientando o coletivo dos educadores no contexto escolar a se organizarem efetivamente visando transformar a sala de aula num espaço de discussão, apropriação e construção do conhecimento a fim de contribuir para a construção de uma sociedade mais dinâmica e justa a todos.
A participação da comunidade na escola pública é bastante diversificada e atende a todos que a ela vão, porém temos vários tipos de participação dos pais, uns participam ativamente e espontaneamente, acompanham o trabalho da escola e desempenho de seu filho, outros precisam ser chamados para que participem e acompanhem o trabalho da escola e o desempenho de seu filho. Há aqueles que tem a escola como um depósito para seus filhos por alguns períodos semanais e não tem nenhum tipo de interesse. Nosso desafio nesta área é muito grande, estamos sempre lançando estratégias com o intuito de aumentar o número de participantes no processo educacional.
Com relação à organização/gestão a escola pública e a gestão transparente e participativa ainda é um desafio a ser conquistado.
A relação entre professores e alunos está com um nível de relação muito bom, mas necessitado ainda de algumas ações positivas de ambas as partes. Entre alunos e direção, a direção não tem uma relação muito aberta e nem mesmo um contato muito próximo com os alunos. E entre professores e direção, o problema está em ambas as partes, pois numa escola com um número tão grande de professores, existem Professores e “professores” e como tivemos Diretores e “diretores”. A construção de um PPP realmente participativo por todos é a solução para esta relação.
É relevante no contexto político e pedagógico da escola direcione-se para a formação de um determinado tipo de homem, escola e sociedade. Porém existem barreiras pedagógicas para conquistá-los. A ação educativa e diretiva que deve remeter a esta intencionalidade esbarre nas relações de poder presentes na gestão das escolas publicas em forma de trabalho educativo de alguns “professores”. No entanto, considera-se urgente que as escolas constituam um Projeto Político Pedagógico democrático de tomada de decisões, com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico, no sentido de trabalhar os conflitos na busca de superar relações competitivas, corporativas e autoritárias, diminuindo a fragmentação da escola. SERÁ ISSO UMA UTOPIA?